OXI UMA DROGA MAIS PESADA DO QUE O CRAK

O oxi é uma droga pesada que está sendo tratada pelos médicos como uma substância mais letal do que o crack, considerado até agora a mais devastadora das drogas. Lamentavelmente, o oxi vem se espalhando rapidamente pelo Brasil e, infelizmente, está sendo consumida por pessoas que não têm conhecimento do seu alto poder destruidor, até porque, muitas vezes é vendida em bocas de fumo como se fosse crack.
E essa associação não é por mero acaso.
Assim como o crack, o oxi é vendido em pedras que, quando queimadas, liberam uma fumaça. Inalada, em poucos segundos vai para o cérebro, provocando euforia e bem-estar. Visualmente, as duas drogas são quase idênticas. A diferenciação pode ser feita pela fumaça, que no caso do crack é mais branca, ou pelos resíduos. O crack deixa cinzas, enquanto o oxi libera uma substância oleosa.
A droga, apesar de recente, é uma velha conhecida dos viciados da Região Norte. Acredita-se que entrou no Brasil ainda na década de oitenta, a partir do Acre que faz fronteira com a Bolívia.
As primeiras apreensões confirmadas do oxi no Brasil ocorreram no início do ano e quase que por acaso. A princípio, a polícia classificou o produto como sendo crack. O equívoco só foi corrigido quando a droga foi usada numa demonstração para treinamento de novos policiais. Foram queimadas algumas pedras e, pelos resíduos, chegou-se à conclusão de que não se tratava do crack, mas do oxi.
Uma outra característica do produto é que a dependência é mais intensa do que, por exemplo, a maconha e o próprio crack e, manter o vício, leva o dependente a praticar todo tipo de delito que vão desde a agressões aos familiares, para tomar-lhes dinheiro que serão utilizados na compra da droga até à prática de roubos e assaltos de toda natureza.
A onda de assalto que vem acontecendo em Sobral nos últimos dias, sobretudo a estabelecimentos comerciais, tem associação direta com o consumo de drogas, entre eles o oxi, que se alastrou pela cidade de tal maneira que já podemos falar em epidemia, se considerarmos o seu uso como uma doença.
Para alimentar o vício, jovens da periferia sobralense, de posse de armas alugadas de outros bandidos e que sequer têm familiaridade com o manuseio, aterrorizam a tudo e a todos, praticando assaltos, cujo desfecho, em alguns casos, se traduz no assassinato da vítima, por pura inexperiência e nervosismo do assaltante.
O problema se agrava e preocupa a população por vários motivos, mas, o mais preocupante é que o Estado não está capacitado para lidar, de forma eficiente, com essa questão e tem demonstrado ineficiência na recuperação de viciados.
Com o surgimento dessa nova droga, as preocupações só têm aumentado e a população, cada vez mais, fica a mercê desses bandidos de primeira viagem que, no afã de fazer uso da droga, saem à procura de vítimas aleatoriamente e, nos seus devaneios, são capazes de praticar qualquer tipo de atrocidades, como por exemplo, assassinar um pai de família, para dele subtrair uma quantia irrisória, mas que será suficiente para saciar o seu desejo alucinógeno que a droga, fantasiosamente, leva a quem dela torna-se dependente.
A questão da droga não está restrita ao campo policial, mas, e principalmente, deve ser entendida como uma questão de saúde pública e deve assim ser tratada, para que, no futuro, não sejamos testemunhas da decadência, quando não, da eliminação física dos nossos jovens.

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